Revolta! Este é o sentimento que ronda nos bastidores da torcida e da diretoria do Volta Redonda Futebol Clube. E não é devido aos três gols sofridos em vinte minutos, e sim devido aos fatos vergonhosos que ocorreram extra-campo.
Os desastres externos começaram antes mesmo do juíz apitar o início da partida. Os "torcedores organizados" viram policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) agindo de forma bisonha e tratando-os como marginais. E, também, obrigando-os a replanejar uma bela festa que já estava planejada com papel higiênico, bandeiras e faixas, que fora proibido pelo Grupamento.
Ao entrar no estádio, a revolta seria maior devido ao espaço reservado para os donos da casa está sendo ocupado pelos adversários e a torcida do tricolor de aço, tendo que ficar espremida à direita das cabines de TV. E as façanhas não pararam por aí! Todas as faixas de Torcidas Organizadas do Voltaço que estavam expostas no estádio foi recolhida, e caso não recolhessem, as faixas e os responsáveis pelas torcidas seriam apreendidos.
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Torcedor é obrigado pela GEPE a retirar bandeirão. Foto: Gelver Gilliard. |
Outra situação constrangedora, segundo Rogério Loureiro, foi a cessão dos camarotes no Estádio. "Dos
nove camarotes existentes tivemos, com muito sacrifício, a cessão de
dois. O número 1, que tradicionalmente é cedido a mim, na condição de
presidente do clube, e que tive que apertar para receber meus
convidados, diretores do clube e do Conselho. E o outro foi o número 9,
que cedemos aos patrocinadores, que também tiveram que ficar não muito
confortáveis, tendo em vista que temos 10 patrocinadores. Pude ver
claramente que, pelo menos dois camarotes, estavam sendo usados
oficialmente pelo Fluminense. Mas ficou claro que dos nove camarotes,
sete tinham predominância em uniformes tricolores, o que é um absurdo." - afirmou o presidente do Volta Redonda.
Porém, o pior ainda estava por vir. Logo após o apito final do árbitro e confirmado a vitória do tricolor carioca, soltou no alto falante do Raulino de Oliveira o hino do Fluminense Football Club humilhando não só os jogadores da equipe da cidade do aço, mas também, todos os torcedores presentes que foram obrigados a ouvir o hino do rival em sua própria casa. Cada vez mais, a torcida pede que a arena esportiva seja cedida ao Voltaço! "Deixo bem claro que o que queremos é a Arena Esportiva. Não queremos
impedir os trabalhos sociais que o Estádio realiza e que devem continuar
e, na minha opinião, serem ampliados." - concluiu Loureiro.
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