segunda-feira, 25 de março de 2013

Onze pecados capitais da seleção brasileira

Por Danilo Spinola Caruso, Volta Redonda - RJ.

NÃO ME IMPORTO SE NINGUÉM LER. PELO MENOS EU ESCREVI!

Futebol é 11 contra 11, e na verdade nunca dá para cravar nada numa copa do mundo (o Brasil mesmo, nunca ganhou nada sendo favorito). Mas só com muito otimismo os brasileiros podem esperar algo diferente do que PASSAR VERGONHA em 2014... Partindo dos aspectos pontuais para os mais gerais, seguem os 11 PECADOS CAPITAIS DA SELEÇÃO:


1 – Na seleção, Neymarketing é um a menos em campo. Até hoje, só o vi jogando alguma coisa na seleção olímpica; na principal, é mais um Robinho (e PIORADO, ainda por cima). Não acho que ele é culpado de tudo, mas não entendo porque ele não vai para o banco nunca, mesmo jogando mal. Faço aqui uma aposta: se ele deixar para sair do Brasil depois da Copa das Confederações, vai parar no La Coruña, no máximo.

2 - O Hulk é a única alternativa do Brasil para mudar um jogo. Isso mostra a que nível chegamos... (pior ainda: acho que o Hulk tem espaço para ser titular nesse time!).

3 - Seguindo o exemplo de seus pastores, Kaká pensa mesmo é em dinheiro! Só isso explica ele continuar no Real Madrid. É nítido que, sem jogar nunca, ele jamais irá recuperar seu futebol (a comparação com o Ronaldinho cabe aqui: o Gaúcho veio para o Brasil e, aos poucos, vai recuperando algo que lembra o bom futebol que um dia teve. Kaká nem isso).

4 - Hora de dar chance a Bernard, W. Nem ou Tardelli. Garanto que qualquer um dos três pelo menos vai mostrar raça, e isso já é mais do que a CALOPSITA do Neymarketing vem fazendo.

5 - Comentário do inglês Joey Barton: "Brasil simplesmente não é mais brasileiro. É como o Harlem Globetrotters, apenas viajando pelo dinheiro." É... durmam com essa!

6 - Não houve uma transição entre uma geração e outra. Praticamente nenhum jogador de hoje esteve com o Dunga em 2010, e por isso NINGUÉM tem experiência e moral para chamar o jogo em 2014. Dizer que a Copa é no Brasil não adianta nada: todos sabem que aqui a pressão pode até ser maior (e se o torcedor entrar numa de vaiar, não para mais...).

7 – Antigamente, o Brasil poderia até não estar bem, mas os outros países eram ainda piores. Em 1994, por exemplo, tínhamos apenas um craque e um fora-de-série na frente, mas o resto do time dava vergonha à nossa tradição. Mesmo assim, vencemos porque não havia nada de muito bom no resto do mundo (vejam que, à época, os europeus consideravam craque o Roberto “Acabou...! Acabou...!” Baggio, e ele não era nem meio Iniesta...). Hoje é diferente: sobram bons jogadores pelo mundo afora, e nós é que não temos nada parecido. Qual atacante brasileiro chega aos pés do Ibrahimovich? Ou do Falcão Garcia? Nenhum. Hoje Portugal, Colômbia, Argentina, França, Holanda, Uruguai... todos esses países tem melhores atacantes e meias que o Brasil. Pior: não temos nem perspectivas, porque Ganso, Neymar e Oscar eram nossas apostas não só para o presente, como para o futuro. Destes, só o Oscar parece estar no rumo certo, mas é jogador para 2018, e não para agora (tem também o Lucas, mas até agora ele me parece apenas um Denilson melhorado...).

8 – Taticamente, estamos MUITO defasados... Nossos técnicos ganham fortunas para repetir sempre a mesma fórmula batida: dois ou três homens de marcação no meio; um que se vire para armar o jogo; e na frente dois atacantes (um mais fixo e um mais aberto, que é para manter a mesmice). Pronto. NINGUÉM se atreve a tentar nada diferente disso e nunca vemos variações táticas durante os jogos (quando se substitui alguém, é o famoso “seis por meia-dúzia”). Faltam no Brasil a criatividade e a ousadia que vemos em técnicos de outros países.

9 – O maldito “futebol de resultados” (do qual o Felipão sempre foi dos mais ardorosos defensores) finalmente triunfou no Brasil. Resultado: somos um fiasco! Por conta disso, só revelamos, nos últimos anos, volantes e zagueiros. Vamos para nossa segunda Copa do Mundo sem ter sequer um cobrador de falta no time. Para tudo isso, conspira a especulação imobiliária que deixa as crianças sem espaço para jogar bola. Como na escola também não tem sequer uma quadra para jogar, só resta o vídeo-game (quem sabe não aparece aí um campeão no Fifa Soccer!)...

10 – O mais grave é que temos um problema de FILOSOFIA no futebol brasileiro. Desde 1994 repetimos a mesma fórmula: deixar uma ou duas estrelas na frente, para que resolvam tudo em lampejos individuais, de uma hora para outra. TIME mesmo, não apareceu nenhum por aqui desde que o Telê se aposentou... Nosso futebol sempre espelhou nossa cultura, e hoje não é diferente: essa dificuldade de pensar o coletivo tem tudo a ver com a falta de solidariedade de nossa sociedade atual. Tem tudo a ver com a nossa pequenez idiota, que exalta “ídolos” de 15 minutos nos Big Brothers da vida... Tem tudo a ver com nossa “fórmula mágica” de resolver nossos problemas sociais, dando qualquer trocado para os pobres enquanto os ricos seguem roubando todo o país para eles... Enfim, nunca teremos, com esse universo cultural tão pobre, um time que encha os olhos do mundo. Se a seleção é a “pátria de chuteiras”, nada mais natural que hoje, quando nos perdemos como nação, tenhamos os resultados ridículos que temos.

11 – Não adianta colocar a culpa no Felipão. Muito menos crucificar os poucos bons jogadores que temos (como Oscar, Thiago Silva, Marcelo, etc). O buraco é muito mais embaixo: são anos e anos de RICARDO TEIXEIRA na CBF, de negociatas com empresários, dirigentes ladrões... Isso não vai se resolver de uma hora para outra. Até 2014 então, só um milagre. Mas dizem que Deus é brasileiro, né...

É isso!

Um comentário:

  1. Muito maneiro o seu post. realmente, esse time (porque seleção é um nome q eles não merecem) é uma bosta, não mostram nada de futebol. e pensar q viviam dizendo q o futebol brasileiro não era bonito mas era eficiente. agora nem isso. um futebol horroroso, sem graça, só não tá pior q o campeonato carioca pq não tem nada pior q isso. tá fácil não.
    P.S.: adorei o neymarketing. é isso mesmo q ele é. futebol nenhum, mas exposição de figura nota 10.

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